Entra ano, sai ano e o público do Big Brother Brasil não aprende a votar em quem eliminar. É impressionante. Na última terça-feira, nos despedimos de Diogo, uma figura questionável sim, mas ainda muito importante para o game e para o entretenimento do programa. O ator foi eliminado com 43,93% dos votos e levou com ele pelo menos 50% do enredo atual da casa. 

O engraçado é que quem vota tão equivocadamente assim, são as mesmas pessoas que não medem esforços nas redes sociais para detonar o programa, alegar que o elenco é fraco, a produção covarde e que a edição está flopada. A contradição chega a ser burra. O público insiste, há anos, em querer uma edição épica só deixando plantinhas do bem dentro da casa. 

E aqui não estou criticando quem detesta o Diogo, não. Eu mesma acho ele uma figura bem questionável. No começo o achei interessante, mas depois comecei reparar comportamentos muito esquisitos que iam desde falas tóxicas na piscina com Aline, até performances nada naturais na frente das câmeras ou cenas duvidosas como as mancadas com o joelho machucado que horas aconteciam, horas não. 

Mas exatamente por isso, ou não, Diogo era um cara que estava sendo até aqui, um dos destaques do BBB. Ele tinha bons enredos que ainda mereciam ser mais desenvolvidos com Aline, Vinícius, Camila, Thamiris e até com Gracyanne. O próprio Tadeu o colocou, no discurso de eliminação, como um dos protagonistas da edição. 

Ele saiu sem que a gente soubesse o que aconteceu no show do Diogo Nogueira que deixou a policial tão arredia com ele. Saiu quando seu embate mais acalorado com Vinicius estava só começando. Ele era um cara que incomodava e estava sempre sendo votado. Só esses exemplos citados, já garantem a ele mais protagonismo do que metade da casa. 

Agora o que a gente pode esperar de Dona Vilma? Quais eram os enredos marcantes dela? Quais as chances de ela levar uma prova do líder ou anjo? E aqui me refiro a questões físicas mesmo. 

Eu admiro demais o fato de uma senhora de 68 anos estar até agora no programa e acho que só dela ter topado entrar nessa loucura, ela já é guerreira e corajosa demais. Mas como entretenimento pouco entrega. Não dá. Fora que agora acho que vai rolar um movimento geral na casa de poupar Dona Vilma por um tempo. Podem apostar. 

Eu assisto Big Brother Brasil desde a edição 1 e eu saquei logo cedo que para o reality ser bom e entregar o que a maioria das pessoas quer, ele não pode ser visto como obra de caridade nem concurso para você escolher seu melhor amigo, nem o melhor ser humano do planeta. Isso você guarda como régua aqui para fora, para sua vida. 

Para um reality show quanto mais maluca, esquisita e questionável a pessoa for, melhor para o entretenimento geral. Mas já se foram 25 edições e parece que as pessoas são incapazes de entender isso. Quem perde somos todos. Uma pena.