Na manhã desta quinta-feira, 24, a Câmara de Vereadores de Florianópolis foi palco de um encontro significativo entre Maurim Martins, representante do aplicativo SOS Maria da Penha, e a vereadora Ingrid Sateré Mawé (PSOL), primeira mulher indígena eleita para a Câmara Municipal da capital catarinense. A reunião teve como objetivo apresentar os benefícios da tecnologia na proteção de mulheres em situação de violência doméstica e discutir sua possível implementação no município.

Tecnologia a serviço da proteção

Desenvolvido pela empresa 3Tecnos, o aplicativo SOS Maria da Penha oferece uma plataforma integrada de segurança para mulheres com medidas protetivas ou em situação de risco. Com um simples toque, a usuária pode acionar uma central de monitoramento em tempo real, que direciona a ocorrência para a viatura mais próxima, utilizando geolocalização para agilizar o atendimento. Além disso, o aplicativo permite o cadastro de “guardiões” — pessoas de confiança que são notificadas imediatamente em caso de emergência — e oferece acesso a uma rede de apoio com suporte psicológico, jurídico e oportunidades de reinserção social e econômica.  

Compromisso com a segurança das mulheres

Durante a reunião, Maurim destacou os resultados positivos do aplicativo em outras regiões do Brasil, como Aracaju, onde o SOS Maria da Penha já contribuiu para a proteção de centenas de mulheres. A vereadora Ingrid Sateré Mawé, conhecida por sua atuação em defesa dos direitos das mulheres e dos povos indígenas, demonstrou interesse em estudar a viabilidade de adotar a tecnologia. Como presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e da Promoção da Igualdade de Gênero, Ingrid reforçou seu compromisso em buscar soluções inovadoras para combater a violência de gênero na cidade. 

Próximos passos

O encontro entre Maurim e Ingrid Sateré Mawé representa um passo importante na busca por ferramentas eficazes de proteção às mulheres em Florianópolis. A expectativa é que, a partir dessa reunião, sejam iniciadas tratativas com o poder público municipal para avaliar a implementação do aplicativo, adaptando-o às necessidades locais e fortalecendo a rede de apoio às vítimas de violência doméstica. “Nós trabalhamos com a Procuradoria da Mulher, Defensoria Pública e outros projetos nesse sentido, o aplicativo vem para somar e auxiliar não apenas no combate à violência, mas também a encorajar as mulheres na procura de empregos”, disse Ingrid.

Com a união de esforços entre tecnologia e políticas públicas, Florianópolis pode avançar significativamente na promoção da segurança e do bem-estar de suas cidadãs.